Guia de espécies (Calliandras)

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Esta planta possui mais de 120 espécies de cores que vão do rosa ao vermelho,
amarela e até branca,possui folhas delicadas de tons verde claro brilhante,tronco
cinza claro,que curiosamente com o passar do tempo se torna mais escuro, quase
negro,o que lhe da muito status para a prática do Bonsai.

Suas flores são mais comuns na cores rosa e vermelho,porém podem ter caliandras
brancas e dificilmente na cor amarela,de suas flores surgem frutos caracteristicos
das leguminosas que se partem quando maduros e espalham suas sementes.

Planta arbustiva nativa do Brasil,da família das angiospermas.Possui grande
ramificação de ramos e que pode chegar a 2 metros de altura se tiver seu
crescimento no chão de forma livre e com solo apropriado.

As folhas são compostas ,paripinadas com foliolos bem pequenos,
dando as folhas o aspecto de uma pena de ave.

As flores são bem pequenas,com estames longos de cor rosa,vermelho ou branco,
reunidas em inflorescência.A aparência da inflorescência é de um pompom.

Substrato : caliandra brevipes -40% de caco de tijolo ou telha,25% condicionador
de solo,35%terra preta.

Cultivo : Espécie de fácil cultivo,precisa de sol direto,gosta de solo com boa
drenagem e rico em matéria orgânica.

Floração : floresce na primavera ao fim do verão e pode ser cultivada em todas
as regiões de calor mais ameno,tem a floração abundante.
Captura de Tela 2013-08-21 às 21.34.26.png

Propagação : Para fazer a propagação da caliandra podemos usar a
técnica da estaquia,com a retirada de ponteiros de ramos,quando da poda de
inverno.Colocar em areia grossa úmida ou casca de arros carbonizada,
cobrindo com plástico até o enraizamento.

Também poderemos usar o método das sementeiras,recolhendo as sementes
e colocando em terra comum de canteiro misturada com areia grossa,
mantendo este substrato úmido e coberto até a emergência.

O transplante da caliandra deve ser feito quando a muda tiver 6 folhas
ou mais.
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Paisagismo e uso decorativa:

É uma planta nativa, nos campos existem exemplares espontâneos.

Seu uso como cerca-viva para propriedades rurais encantou paisagistas
que trouxeram para a cidade para ornamentar praças e parques públicos.

Para jardins  de condomínio,poderá ser colocada na separação de ambientes
e para áreas empresariais é bem vinda também,pois a única manutenção é
alguma poda anual no inverno para dimensionar seu tamanho.

Pode ser trabalhada como Bonsai,devido ao tamanho pequeno de suas
folhas e sendo muito indicada para bonsaistas iniciantes,visto que,
resiste muito bem a podas drásticas,aramações e intervenções em suas
raízes.
Sem contar a beleza de sua floração.
Caliandra - Exemplar 2



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Técnica da mamadeira

                        Técnica da mamadeira.


Essa é uma técnica muito usada por bonsaístas para recuperação de plantas fracas ou acelerar o desenvolvimento das suas árvores. Essa técnica proporciona um maior desenvolvimento do tronco e dos galhos, um aumento considerável da folhagem reduzindo o tempo de formação de uma simples muda em uma árvore de aspecto adulto em um tempo bem menor. 
A técnica da mamadeira tem certas vantagens sobre o plantio direto no solo, pois permite que o bonsaísta escolha o tipo de solo que deseja usar podendo ele trabalhar com dois tipos de solos ao mesmo tempo; Permite também que o bonsaísta erga a planta a altura dos olhos o que facilita muito a sua estilização e manutenção; também facilita mudar a planta de local para um canto mais sombreado no verão ou mais ensolarado no inverno ou para que ela fique protegida dos ventos o que em algumas espécies pode significar danos as suas folhas; é possível também ter um melhor domínio sobre o controle de pragas, as adubações e as regas, e sem dúvida é a maneira mais rápida de levar uma árvore diretamente  ao vaso definitivo.

Como executar

A primeira coisa a fazer é o plantio da futura árvore no escorredor plástico usado na cozinha. Esta peça possui a vantagem de ser totalmente furado desde o fundo até as laterais. É preciso usar um substrato de boa qualidade que possibilite uma boa drenagem. Isso é conseguido usando-se pedriscos ou cacos de telhas de granulação entre três a cinco mm dependendo da espécie a ser plantada. Uma boa mistura poderá ser composta por 70% grãos de três a cinco mm e 30% de matéria orgânica. Você poderá fazer uma variação desta mistura dependendo da espécie a ser plantada, por exemplo: usando mais matéria orgânica se a espécie for florífera ou se o clima de sua região for muito quente e seco. Os cuidados são os mesmos usuais a um transplante. Comece uma adubação leve cerca de 60 dias após o transplante e vá aumentando aos poucos. O escorredor provocará um aumento na massa radicular de sua planta e as raízes logo estarão saindo pelos inúmeros furos do escorredor. Você perceberá que as pequenas pontas brancas de raízes que escapam pelos furos ficarão escuras com o sol sobre elas. Não se preocupe com isso, pois faz parte do processo. É hora de prepararmos a mamadeira.



                                              Preparação da mamadeira


No momento em que as raízes de nosso futuro bonsai estiverem saindo pela parte do fundo do escorredor e nas laterais é hora de colocá-lo na mamadeira.
Escolha uma bacia plástica com o pelo menos o dobro do tamanho do escorredor e faça vários furos no fundo da mesma e em sua lateral. Você poderá usar um ferro de solda para executar esse trabalho. Quanto maior a quantidade de furos melhor. Alguns bonsaístas costumam usar como substrato para a mamadeira uma composição de 50% de areia grossa e 50% de esterco bem curtido. Outros usam apenas esterco bovino bem curtido. Mais uma vez é importante fazer uma boa escolha do composto levando em consideração a espécie que esta sendo cultivada e o clima de sua região. Por exemplo: Uma jabuticabeira terá um excelente crescimento se o substrato da bacia for apenas esterco curtido. Já um pinheiro negro poderá sofrer com o excesso de umidade.
Um erro muito comum entre os iniciantes é o de enterrar completamente o escorredor na bacia. Não se deve enterrar o escorredor, mas apenas apoiá-lo sobre o substrato na bacia. Vou explicar o motivo: quando os furos do escorredor ficam fora do solo às pequenas raízes que saem por eles são queimadas pelo sol ou secam em contato com o ar, isso provoca uma divisão natural da raiz dentro do escorredor que fica cheio de raízes capilares que manterão a árvore viva quando formos retirar a árvore da mamadeira. Alguns usam enterrar o escorredor alegando que se não o fizerem o vento tombará a árvore. Para que isso não ocorra apóie o escorredor sobre o substrato da bacia e amarre o escorredor na lateral da mesma, isso evitará o tombamento do escorredor. É importante também que a bacia seja mantida suspensa apoiada por suportes o que permitirá a entrada do ar pelos furos e uma boa drenagem.







                              Como proceder com a adubação?

É importante dizer que o tempo de permanência de nossa árvore na mamadeira dependerá dos objetivos do bonsaísta. Porém os resultados serão mais bem observados a partir do segundo e terceiro ano. Não é incomum que se mantenha esse processo por quatro, cinco ou mais anos o que exigirá de nós uma excelente rotina de adubação. É preciso lembrar que neste processo temos dois meios de cultura, ou seja, dois locais de enraizamentos distintos, um deles sendo o escorredor e o outro a bacia e ambos precisam de nossa inteira atenção. Antes de falarmos sobre a adubação, gostaria de mencionar que com o passar do tempo alguns bonsaístas, costumam utilizar-se de uma segunda bacia cheia de substrato, onde depositam a mamadeira com o objetivo de prover melhor alimentação das raízes e mais espaço para o seu desenvolvimento, seja como for, sempre será preciso tratar cada recipiente com distinção tanto na adubação quanto na rega.
Qual a necessidade de cada recipiente? O escorredor precisa receber uma atenção especial, pois nele esta as raízes que ocuparão o vaso definitivo quando retirarmos a árvore da mamadeira, portanto é importante que as raízes deste local sejam tratadas como se fosse um bonsai já estabelecido no vaso definitivo. A adubação no escorredor deverá ser mais freqüente usando um adubo um pouco mais fraco. É importante que esse substrato não fique ressecado para que as raízes capilares não venham a morrer, caso o escorredor seja negligenciado correremos o risco de que só permaneça nele raízes lignificadas que não poderão alimentar a nossa árvore e prejudicará ou até mesmo impedira de levarmos nossa árvore diretamente para o vaso definitivo.
Na bacia se encontra as raízes que se estenderam em maior número, com o tempo algumas delas se tonarão mais grossas e mais pesadas, sendo assim na bacia estará um número maior de raízes que poderão receber uma alimentação um pouco mais forte. O substrato desta bacia normalmente será mais úmida que o escorredor por se ter mais solo e normalmente mais matéria orgânica.
Fazer uma variação na utilização de adubos químicos e orgânicos é uma ótima  sugestão que poderá ser usada tanto no escorredor quanto na bacia.
 Lembrado que deveremos pelo menos uma vez a cada ano fazer uma adubação com micros nutrientes.

                                                      Cuidados

É possível e desejável que o bonsai seja trabalhado enquanto estiver na mamadeira. Podas de manutenção poderão ser efetuadas mesmo as podas para melhorar a estética, aramação e torção também poderão ser feitas. Eu aconselho fazer a desfolha somente quando toda estrutura da árvore já esteja formada e seja preciso aumentar a massa foliar e ramos periféricos. Não se deve fazer durante todo este período podas de raízes.
 
                                                           Levando para o vaso

Quando achar que a árvore já alcançou o resultado esperado, é hora de plantá-la em seu vaso definitivo. A esta altura você já deve ter em mente o tipo de vaso que deseja para a sua árvore. A escolha do vaso correto exige uma boa observação e algum conhecimento. Normalmente o vaso é feito para a árvore, de acordo com a estrutura do bonsai, portanto não tenha pressa em comprar um vaso, analise fotos de outras árvores que possuem o mesmo estilo que a sua, observando atentamente as suas formas cores e texturas. Falarei sobre vasos em outro artigo.
Retire à árvore cortando as raízes que unem o escorredor a bacia e depois retire o escorredor, faça uma poda nas raízes como se estivesse podando as raízes de um bonsai já estabelecido retirando as raízes mais grossas e deixando as mais finas, é importante que não se retire todo o substrato ao redor das raízes. Tome cuidado com correntes de ar que podem secar as raízes capilares, mantenha estas últimas úmidas. Deixe parte do antigo substrato ao plantar e complete o resto com um substrato novo. No futuro quando precisarmos reenvasar nossa árvore retiraremos esse solo que foi deixado. Regue com abundância e se desejar use algum hormônio enraízador. Mantenha a planta protegida em local bem iluminado longe do sol e dos ventos por pelo menos 20 dias e depois vá levando ela para o local onde ficará em definitivo. Comece a adubação após 30 dias.
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Aula sobre Pinheiro Negro com Hidaka

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Como Cuidar de um Bonsai de Supermercado - 35

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Ficha técnica Jabuticabeira



 JABUTICABEIRA

Nome Técnico:
Myrcia cauliflora Berg.
Sin.: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel

Nomes Populares :
Jabuticabeira, pé de jabuticaba, jaboticabeira
Família :
Família Myrtaceae
Origem:
Nativa do Brasil, da Mata Atlântica.

Descrição:
Árvore de 3 até 15,0 m de altura, tronco claro, muito ramificada, folhas pequenas ovais opostas e lanceoladas.
Flores pequenas e brancas que surgem diretamente no tronco e nos ramos e que atraem insetos.
Os frutos que se seguem são globosos, de tamanho variável entre 1,5 e 2,9 cm de diâmetro na cor roxa, mas também verde ou rosado.
De polpa branca, adocicada com até 4 sementes.

Modo de Cultivo :
A jabuticabeira é uma árvore de clima tropical ou subtropical úmido.
Não suporta seca prolongada nem geadas.
Regiões onde as chuvas são poucas ou irregulares será preciso regar a planta ou fazer irrigação controlada no pomar.
Podem ser cultivadas desde o Rio Grande do Sul (média de 20 ºC) até o Pará (30 ºC).
Não aprecia regiões de ventos fortes, então nos plantios comerciais são usados quebra- ventos.
O solo de cultivo melhor é o sílico-argiloso de pH 6,5 a 7,0, fértil, bem drenado e boa umidade.

Plantio e Adubação :
Para plantar, fazer uma cova maior que o torrão e colocar água no fundo, bem como areia para garantir a drenagem.
Colocar 2 – 5 litros de adubo animal curtido misturado a um pouco de húmus de minhoca, que tem o pH ideal para esta planta.
Plantar e não esquecer de que a muda deve ficar ao nível do solo, não cobrindo seu tronco mais do que estava no recipeinte em que veio.
Os tratos culturais consistem em retirar ramos secos e aqueles que tendem a entrar para o meio da copa, fechando-a, diminuindo assim a luz no seu interior com a consequência de menor florescimento posterior.
Adubar todos os anos no inverno para os estados do sul e no período das chuvas para os demais.
Adicionar adubo animal curtido e adubo NPK na projeção de sua copa, num sulco feito ao redor da planta.
Não esquecer de regar bem.
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Calendário de tarefas para Bonsai

Calendário de tarefas para Bonsai



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Neste artigo pretende-se enumerar alguns dos cuidados necessários a ter com os Bonsai por cada mês, ao longo do ano, para o hemisfério Norte.
Estas diretrizes, apresentadas de um modo sucinto, são genéricas e principalmente aplicáveis a árvores que se encontrem ao ar livre, não fornecendo orientações específicas para cada espécie de árvore. O leitor deve ter também em atenção que cada região geográfica e cada local onde as árvores estão têm as suas particularidades.

Janeiro – proteção

Durante o inverno em geral, as árvores ao ar livre devem ser protegidas contra temperaturas de congelamento, por exemplo, cobrindo-as com um material isolante (como proteger em estufa ou debaixo de arvores, ou mesmo sob uma manta térmica, em casos extremos de geadas intensas).
Controle as árvores de folha caduca (como o carvalho) contra insetos e formas hibernantes de fungos (a calda bordalesa, muito usada em agricultura, pode ser aplicada como modo de prevenção fungicida).

Fevereiro – prevenção

Manter a verificação dos insetos e aplicar inseticidas e fungicidas de inverno, tipicamente preventivos.
As árvores ao ar livre consomem pouca água, mas a rega pode ser necessária na ausência de chuva.
As árvores de folha caduca podem ser trabalhadas através de poda e aramação, aproveitando toda a época em que se encontra despida de folhas.
Algumas espécies caducas podem começar a ser recolhidas da natureza.

Março – transplante

Algumas árvores de folha caduca começam a crescer, como o ulmeiro.
A maioria das árvores agora podem ser deixados sem proteção ao frio: os materiais isolantes podem ser removidos ou as árvores retiradas dos abrigos no final de março (embora dependa do clima local).
A maioria dos pinheiros pode ser replantado no final de março, no início do crescimento das velas novas.
Para a maioria das árvores, esta é a altura ideal para fazer a sua recolha.

Abril – aramação

A maioria das árvores começam a crescer, apenas algumas espécies de árvores demoram mais tempo (como o carvalho), o que indica indica que a fertilização pode ser retomada.
As árvores que despertam neste mês árvores podem ser estilizadas, podadas e replantadas: para a maioria das espécies, este é o melhor momento para começar a aramar, mas atenção que as árvores crescem rapidamente. Deste modo deve-se verificar a aramação para que a casca não cresça sobre o arame.

Maio – fertilização

Árvores que começaram a crescer tarde (Carvalho, etc) podem agora ser estilizados e replantados.
A fertilização é importante agora.
As temperaturas mais elevadas proporciona uma boa época para transplante, mais particularmente em oliveiras.

Junho – poda

A poda regular dos novos crescimento é agora necessário.
Novos crescimentos nos ramos e no tronco resultam de um rápido engrossamento dos mesmos.

Julho – rega

O mês mais quente do ano, importa verificar a humidade dos solos e desta forma regar regularmente.

Agosto – atenção

Um bom momento para replantar pinheiros.
Mantenha a atenção nas condições de rega e verifique se as árvores estão infestadas por pragas de insetos.

Setembro – sementeira

Recolher sementes de árvores, este é o momento!
Fertilizar as árvores para a preparação do Outono, fortalecendo o crescimento que se deu ao longo do ano e preparando-as para o inverno.

Outubro – contemplação

O espetáculo que as cores do outono dão nas árvores ao ar livre merece ser contemplado!
Proteger as árvores mais sensíveis de noites frias.

Novembro – vigilância

Manter as árvores protegidas de temperaturas congelantes (caso atinja temperaturas negativas).

Dezembro – dormência

Manter a verificação da rega, pois as árvores podem exigir água na ausência de chuva.

Autor: Viriato OliveiraTécnico de Gestão Agrícola, Biologia e Geologia Viriato alia o conhecimento de base com um importante Curriculum na Arte do Bonsai: praticante desde os 13 anos, em 2003 faz parte da direção do Bonsai Club de Braga; em 2007 vence o 1º Concurso Novo Talento Português e representa Portugal no Congresso Anual da EBA (European Bonsai Association), em Viena de Áustria em 2008; participa ativamente para a formação da Federação Portuguesa de Bonsai; promove a organização de workshops e atividades de divulgação da Arte do Bonsai.
Desde 2011 é sócio do Clube Bonsai de Sintra, ano em que ganhou um prémio de mérito no III Congresso Português de Bonsai, tornando a ser contemplado com o prémio de “Melhor Árvore” no V Congresso, em 2013, no Porto.
Ao longo dos últimos anos tem sido visitante assíduo de exposições internacionais, efetuou estágios com artistas europeus, tem artigos publicados em revistas da especialidade e algumas das suas árvores foram já selecionadas para exposições em Espanha.
Posted on 10:23 by Unknown and filed under | 0 Comments »